O que faria na sua empresa se dispusesse de uma maior liquidez? Novos investimentos em tecnologia, inovação, talento, customer service, meios para aumento de competitividade, internacionalização, otimização de lucros… a lista, por certo, não teria fim.

Qualquer gestor de uma PME (e não só!), o que mais ambiciona é conseguir níveis de liquidez que lhe permitam pôr em marcha uma estratégia que ultrapasse os resultados ambicionados por todos os stakeholders. Todavia, todos sabemos, são poucos os que o conseguem.

Mas, e se lhe assegurasse que, com elevada probabilidade, é possível atingir esse nível de liquidez na sua empresa? E, sim, sem cortes cegos que afetem a atividade ou, até mesmo, mantendo a maioria dos fornecedores.

Todas as empresas têm potencial para encontrar resultados ocultos, através da otimização de custos com fornecedores, e assim criar novas oportunidades. Muitas vezes, pasme-se, na ordem dos dois dígitos. E a sua, provavelmente, também terá.

Falar em redução de custos numa empresa tem, muita vezes, uma leitura negativa. É sinónimo de cortes e de que algo não vai bem. Mas, pelo contrário. É sinal de otimização financeira e de atenção ao detalhe. O detalhe que pode fazer a diferença. Otimizando custos, está a libertar-se capital para a criação de novas oportunidades. E isso, mede-se no balanço anual.

Quando foi a última vez que a sua organização verificou a oferta do mercado em todas as áreas onde tem fornecedores? Com grande probabilidade, dado o dinamismo do mercado, já existem ofertas muito mais competitivas, que lhe permitem fazer poupanças consideráveis ou com melhor nível de serviço, o que lhe permite fazer uma oferta diferenciada aos seus clientes ou, até mesmo, aumentar a margem.

Rubricas como produção, fornecimentos e matérias-primas, recursos humanos ou despesas gerais têm, cada uma, um sem fim de fornecedores, o que leva as organizações a procrastinar negociações individualizadas. Afinal, a pressão do dia-a-dia e a o foco na margem do negócio, acaba por ser prioritária.

Se virmos, de forma abreviada, que na rubrica produção há fornecedores de logística, consumíveis, manutenção, fardas, ou gestão de resíduos; na rubrica fornecimentos e matérias-primas teremos energias, aços ou plásticos; na rubrica recursos humanos, trabalho temporário, contratações ou gestão de pagamentos; e na rubrica despesas gerais vamos encontrar telecomunicações, gestão de frota, limpeza, segurança, material de escritório, seguros, correios, viagens, gestão documental… compreendemos também facilmente a razão pela qual as empresas tendem a deixar para depois a negociação com fornecedores.

Mas, imagine que, num curto espaço temporal, renegoceia contratos com a totalidade de fornecedores? Será nesse momento que vai encontrar o extra profit que não imaginava existir e que permite fazer investimentos estratégicos fundamentais ao sucesso da organização.

Ao defender esta abordagem, há quatro mitos que afasto de imediato, sob pena de se tornarem uma verdade a toda a prova, mesmo não o sendo:

 

  1. Diminuir custos não significa estar disposto a baixar a qualidade de serviço ou produto, ou, tão pouco, a mudar de fornecedor;
  2. Reduzir os custos não terá um impacto negativo na moral dos quadros da empresa. Pelo contrário, libertará margem para áreas anteriormente deficitárias;
  3. Não é necessário alocar tempo e outros recursos à descoberta de alternativas. Deixe o processo para terceiros;
  4. Não é complexo medir e acompanhar os ganhos efetivos. Vão sentir-se rapidamente na margem e no valor de pagamento a fornecedores.

 

Sendo um percurso de médio prazo, sem que interfira no dia-a-dia da sua empresa, vai resultar em liquidez e lucros sustentados, criados a partir de poupanças escondidas.

Afinal, como referia no início deste artigo, qualquer empresa necessita da maior liquidez possível para de investimentos estratégicos em áreas como tecnologia, inovação ou talento, que a vão diferenciar no mercado. E isso consegue-se sem recurso ao endividamento.

 

 

Sobre a autora: Sara Monte e Freitas, em 20 anos de carreira, esteve uma década ligada ao marketing e os últimos 10 anos foram passados na logística, área onde teve funções de gestão e liderança e pela qual se apaixonou.

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